Reportagem especial: participação da jornalista Cristina Coghi na aula de Tutoria na PUC

quinta-feira, 20 de maio de 2010 19:58 Rabiscado por De Carona

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Vestindo uma camisa branca, jeans e uma echarpe azul, Cristina Coghi inicia na PUC uma interessante palestra (e aula) sobre o jornalismo atual. Há 20 anos na CBN, a repórter fala sem titubear sobre sua carreira e sobre como é trabalhar em uma das maiores rádios do país que, além de tudo, carrega o título de ser a primeira no Brasil a transmitir apenas notícias. 
Além disso, a convidada nos conta também, que em sua época como universitária estudou jornalismo na Braz Cubas, em Mogi Mirim, uma universidade não muito conhecida, porém a única que suas condições financeiras lhe permitiram cursar. 
Antes de iniciar na emissora onde está até hoje, Coghi passou pelo jornal impresso trabalhando para os movimentos sindicais, pela TV Cultura e realizou “freelances”, até surgir a proposta de cobrir férias como redatora na própria CBN. Logo após o nascimento de seu filho, foi oficialmente contratada pela rádio. 
A jornalista descreve com detalhes a emoção e o sufoco pelos quais ela e seus colegas de profissão passam ao tentar realizar uma matéria, às vezes até mesmo sem se dar conta na hora dos perigos que estão correndo. Para exemplificar tal fato ela conta sobre um confronto que presenciou entre manifestantes do MST e a polícia, com direito a pedras, bombas de gás e cães da polícia.
Indagada sobre a recente determinação da Justiça Brasileira sobre a não obrigatoriedade do diploma na carreira jornalística, ela diz que não aprova tal medida, uma vez que há coisas que somente a formação acadêmica é capaz de ensinar. Contudo, acima disso deve haver categoria profissional e competência por parte dos jornalistas, independentemente da posse ou não de um certificado.
Cristina fala também de aspectos negativos da profissão, como por exemplo, as longas horas de trabalho e o expediente em boa parte dos feriados nacionais. Chega a dizer que “o mercado é uma máquina de fazer gente louca”.
Conta também que ao contrário do que a maioria pensa, ela nunca foi obrigada por nenhum editor a manipular ou omitir as informações que tinha em mãos a fim de não ir contra aos interesses políticos e econômicos daqueles que controlam a rádio. Afirma também que se um dia isso vier a acontecer, ela pedirá sua própria demissão. 
Como conselho àqueles que estão estudando para tornarem-se seus futuros colegas de profissão, a jornalista diz que a tendência é o mercado querer quem sabe trabalhar em mais de um tipo de mídia. Ou seja, os mais procurados serão aqueles capacitados para executar suas funções seja no rádio, na TV, no jornal ou na internet. Assim, ela incentiva os alunos a testarem sua multifuncionalidade e conta que ela mesma passou por isso nas duas últimas eleições presidenciais. Na época, além de realizar sua função original de cobrir o acontecimento para a rádio, ainda teve que participar da cobertura para um jornal.
Pé no chão, a jornalista diz que ama sua profissão e todos os inúmeros caminhos que esta lhe proporciona. Lembrando que, independentemente da área escolhida, o sucesso está sempre com aquele que gosta do que faz, acima de quaisquer empecilhos.

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